quarta-feira, 25 de maio de 2011

Squares, squares, squares.



Notei que se continuasse fazendo só flores coloridas, alternando três cores de pétalas e de miolinhos, ia ficar maluca. Huahahahaha! Fechava os olhos e via flores, flores, flores, flores, flores. Tudo bem, vou fazer o tempo do artesão, mas não vou querer ouvir dentro da cabeça, o dia todo, aquela música do Ira! que, embora eu adore, não pode ser minha trilha sonora no hospício.

Por outro lado, todo mundo anda na squaremania:

A Isadora mostrou que o Paul também os usava e babou nos quadradinhos do Sir, fez uma bolsa podiscrê com eles, fez uma bolsinhazinha-filhote-neném a partir de um tutorial de blog chique, ganhou livro de squares do maridón, fez toalhinha e pano de prato com barrado em squares para maman, além de dar a dica de almofadas e um square lindo e colorido usado em uma capa de agenda (gente, a Isadora é uma crafter muito prolífica!).

A Deise também entrou na roda colorindo o frio outono paulistano com squares.

A Vanessa, crafter profissional que tem uns feltros di-vi-nos, mandou muito bem com cores solares, deu presentinho para a Isadora, usou os squares para pano de fundo de mais coisas bonitas e ainda fez uma toalha de mesa (!) todinha de squares.

A Rafa também andou mandando muito bem nos squares, com destaque para o bolerinho cor-de-rosa fofo. Também tive minha primeira experiência com squares e adorei o resultado e me animei a comprar uns livrinhos com squares.

A Sônia Maria, referência no mundo crafter do crochet, já mostrou manta com square da vovó, cachecol (lindo!), tapetes (1, 2, 3) com aula e tudo, além de uma manta fabulosa combinando com almofada, mostrou uma colcha que me encantou e foi direto para aquele arquivinho do "ainda faço" que todo mundo tem e ainda outra muito fofinha.

Ainda mais uns do SIBOL (1, 2), da Cachopa (1, 2), do Pink Rose Crochet, dos projetos coloridões da Suz (1, 2, 3, 4 e por aí vai), e da Claire (ai, como eu queria combinar cores tão bem quanto essas duas moças)...

Isso para não falar em um montão de gente que, agora, não dá tempo de falar.

Entããããão, entrando no clima - tcharaaaaammm!!! -, aí está! Comecei a fazer uns squares redondinhos (deveriam se chamar "roundies" em vez de squares) para uma toalhinha bem simples. No livro, a toalhinha tinha só sete squares, entretanto, vocês sabem como sou um pouquinho exagerada, não é? O meu está ficando um pouquiiiiiinho maior. O resultado está ficando ótimo. Mas, só porque sou má (e lerdinha com a agulha de crochet), decidi só mostrar para vocês essa pontinha. hehehehe!



quinta-feira, 19 de maio de 2011

Celebrando o invernico em três atos


Euclides da Cunha (que, desculpem-me, considero um chato) escreveu com muita propriedade sobre os sertões na obra à qual deu também este nome. Falou, entre outras coisas desta terra, do calor seco característico daqui do interior de São Paulo. Acho-o (o calor, não o chato do Euclides) mais agradável que aquele extremamente úmido do Rio de Janeiro, onde nasci e vivi a maior parte da minha vida. Mas, ai!, o calor daqui dificilmente dá trégua. Por isso, quando aparece um felicíssimo invernico, gosto de celebrá-lo enquanto dura, e daí corro para a cozinha.

Ontem à noite, fazia um frio de 15°C por aqui! Hmmmm...! Ótimo para uma comidinha quentinha, daquelas que os americanos e ingleses chamam de comfy food, pelo conforto que nos traz ao corpo e calorzinho bom na alma. Chamei meus três amigos do petit comité para um jantarzinho rápido, sem muito trelelê. Planejei-o assim:

entrada: tortinha de azeitonas verdes com queijo
prato principal (e único): caldo verde
sobremesa: ambrosia de maracujá com coco

Hmmmm! Comemos, conversamos, rimos e tivemos aquela sensação gostosa de aquecimento de dentro para fora. Bom demais! Ficamos todos na torcida para que logo cheguem mais invernicos e o inverno de verdade para podermos compartilhar mais coisas gostosas à mesa cercada de papos divertidos.



Momento blá-blá-blá:

Ufa! Que bom notar que não sou só eu e o Charlie Sheen os únicos a achar que o mocinho mocinho (nos dois sentidos, como usou a Deise, no sentido de ser muito novinho e no outro de ter jeitinho de rapaz bonzinho da fita) do Ashton Kutcher não dá boa liga com o personagem do Jon Cryer, o Allan. Tudo bem, o Ashton não vai fazer o papel de Charlie, será um outro alguém, mas... será que dá? Como um bobão quarentão e um mocinho bonzinho vão dar liga em uma comédia politicamente incorreta? Torço para que dê certo, mas acho que a série talvez afunde, como já (pre)disse o maledicente Sheen.




Este foi o selinho que me ofereceu a Ivani, do Doces Momentos, no qual ela posta receitas de comidinhas de-li-ci-o-sas. Obrigada, querida, pelo presentinho.

O selinho vem com um pedido de agradecimento a quem lho nos ofereceu (impossível ser de outro jeito. Seria falta de educação esquecer e eu, olhem ali em cima, não me esqueci! huahahaha!) e perguntinhas às quais respondo abaixo:

1 - Por que criou o blog?
Hmmm... havia entrado para um fórum de bordados em ponto cruz, o Fazendo Arte em Ponto Cruz, e queria um lugarzinho para mostrar meus trabalhos.

2 - Qual o significado do blog?
Não entendi bem essa pergunta, mas pelo que vi na resposta da Ivani, é sobre a razão pela qual escolhe-se um nome e não outro para o blog.
Não sei dizer direito. Queria alguma coisa que tivesse um som sssssss, como o que acho que a agulha fininha, quando usada com perfeição, faz ao passar pelo tecido. Sssssssublime Ssssssssstitchchchchchching me pareceu bom e já dá ideia de delicadeza (sublime), que é algo que gosto nos trabalhos a agulha, e o outro substantivo já mostrava que eram páginas destinadas a bordado (stitching).

3 - Quais os temas tratados no blog?
No princípio, só ponto cruz. Depois me afastei por cerca de um ano e voltei com um interesse novo, o crochet. Por pedidos dos amigos do petit comité, também comecei a publicar as fotos dos lanchinhos e jantares que temos aqui em casa, mas não acho que minhas receitas sejam memoráveis, como a da Ivani e de tantas outras moças da rede, por isso, acanho-me de sempre postá-las aqui com ingredientes, modo de fazer e tal e tal.


Quem gostar da menininha do selinho ou quiser responder as perguntinhas está convidada a levá-lo consigo.


Eeeeee... bem! That's all, folks.


domingo, 15 de maio de 2011

As (intermináveis) flores de maio, as siglas e os opostos


Como diria o Charlie Harper, personagem principal da série Two and a Half Men, interpretado pelo (lamentável) Charlie Sheen (e eu gostava tanto dele! Buááá!): "Hello, everybody! This is the love of my life!" Essas florinhas têm de ser o amor da minha vida. Afinal, vou dedicar a elas um tempo de BAP (Big Ass Project, explicado graciosamente pela Isadora bem aqui) que, para uma iniciante em crochet, é quase um casamento.

"Sim, são 289 florezinhas, oras", diriam algumas de vocês, justificando o status de BAP do meu singelíssimo centro de mesa. "Não, não, minhas caras", digo-lhes eu. Refiz os cálculos (sempre fui ruim em Matemática) e não serão 289 florezinhas. Serão - sentem-se direito para não caírem da cadeira - exatamente 361 florezinhas para conseguir o efeito de revezamento de cores que eu quero. Uma lindeza, não? Huahahahahaha! Seguindo a influência das siglas em inglês, minha reação, ao ver o número final da conta de multiplicação foi dizer três letrinhas de uma sigla muito na moda entre a juventude de hoje: OMG (Oh, my God!, "Oh, meu Deus!") e ficar com a mesma expressão do OMG Cat.

Acho que, no crochet, inventei de fazer um EBAP: Extremaly Big Ass Project. Mas, ai!, tudo bem. Se brasileiro não desiste nunca, artesão tem de ter paciência com data de validade de 60 anos, como disse na postagem anterior. É entoar o Om e visualizar, no futuro, como, depois de todas as 361 florinhas, de todas as emendinhas verdes e depois do barrado que planejei prontinhos, vou ter um lindo, inigualável centro de mesa do tipo "não tem preço". Haja big ass!




Fofoquinha televisiva (blá, blá, blá, ué!): Depois de se acabar no crack, de fazer apologia à droga, de ser o ator mais bem pago da televisão norte-americana, de ser demitido com alarde da série mais assistida na América do Sul e de fazer ofensas racistas ao produtor do seriado, Charlie Sheen vai ter o lugar na série ocupado pelo Ashton Kutcher. Tudo bem, não quero ser agourenta nem torcer contra, como fez o Charlie Sheen (dor de cotovelo é fogo!), entretanto... hmmmm... será que vai dar certo? Acho o Kutcher tão sem salzinho, tadinho! Mas talvez seja exatamente isso, não é? Acho que a CBS e a Warner se encheram tanto do excesso de pimenta do Charlie Sheen que entraram em abstinência completa de tempero, até de sal, contratando o Ashton Kutcher com aquela carinha de bom moço.

Sem querer magoar ninguém - até porque me assumo como uma velhotinha de 42 anos (que se diverte muito com isso. Fazer o quê, se juventude está no espírito, velhice precoce também! Huahahaha!) -, é engraçado ver que o Charlie da série tem uma fixação por relacionamentos superficiais com mulheres extremamente jovens; já o Ashton Kutcher, na vida real, relaciona-se há tempos com uma mulher bem mais velha que ele! Curioso.





Esse aí em cima, acomodado sobre minhas baguncinhas de domingo - com receitas de cozinha, crochet e ponto cruz - é minha nova aquisição japonesa. Um livro lindo chamado "Motif & Edging of Crochet Lace". Extraordinários, os trabalhinhos pequenos, rapidinhos e deslumbrantes que o livro tem. Acho que durante ou depois do meu EBAP vou mesmo precisar de coisinhas mais hmmm... digamos... frugais. A alternância, os opostos, enfim, são necessários. Acho que a vida é mesmo como a dança de Shiva, como deve ter aprendido há tempos minha amiga ex-praticante-de-ioga-totalmente-podiscrê Isadora.


quinta-feira, 5 de maio de 2011

As flores de maio



Essas florezinhas são meu novo projeto. As flores seguem o modelo das de uma postagem em que experimentei fazê-las com uma agulha chinesa de bambu e gostei. O que tenho de flores prontas daria muito bem para barrar um jogo americano, por exemplo. Ou uma toalha de lavabo, enfim, um monte de coisas pequenas. Entretanto, como não sou uma mocinha facinha, meti na cabeça que vou fazer 289 flores dessas a fim de ter um centro de mesa colorido. E ainda com um barrado verde por toda volta! hahahaha! Sendo eu só iniciante, imaginem o tempo que isso não vai levar para ficar pronto.

Sempre que penso nisso, procuro me consolar lembrando que, na Medievalidade e no Renascimento, quando as coisas lindas que são admiradas até hoje na Europa foram feitas, nada era produzido de um dia para o outro. E que artesanato vem de "artesão". Artesãos (e não "artesões", Ana Maria Braga, musa das manhãs globais. "Artesões", imagino, dever ser uns artesãos todos muito bonitos, muito sarados, gostosões, geração saúde) eram os que cuidavam de fazer portas trabalhadas para catedrais, imagens, afrescos... Artesãos trabalhavam com as mãos e não tinham pressa. No curso de História, soube de um pai que ensinava ao filho o mesmo ofício. Chamado para fazer a porta de uma catedral, passou 60 anos esculpindo detalhadamente os santos e anjos que seriam retratados ali. Morreu antes de terminar a primeira porta. Coube ao filho, então, terminar aquela porta e, com o resto de vida que tinha, tentar terminar a segunda.

Farei meu centrinho sem pressa, conforme meu ritmo, aliás, naquele ritmo de artesãos. Acho até que vai ficar bonitinho. Melhor, vou sentir, despeocupadamente, o prazer de fazer cada uma das 289 florezinhas de crochet.

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